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Sociedade

Farejar é hábito saudável para os cães e exige cuidados durante o passeio

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Segundo especialista, o olfato canino é extremamente potente e é o sentido que o animal utiliza para reunir informações sobre o ambiente ao seu redor

Foto: Pexels

A cena de um cão farejando é bastante comum e inerente ao animal. Todo mundo já deve ter visto no cinema ou na TV um cachorro farejando em busca de algo, e essa representação ajudou a criar uma imagem de que esse hábito está relacionado com habilidades investigativas do animal. Essa afirmação não está totalmente errada.

De acordo com a tutora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP), Caroline Maia, um terço do cérebro do cão é voltado ao olfato, por isso eles são capazes de detectar odores em concentrações cem milhões de vezes menores que os humanos.

“Os cães possuem uma especial aptidão para detecção de odores. Essa aptidão difere inclusive de sua respiração normal, que se interrompe na presença de um odor, direcionando-a para uma cavidade óssea específica no compartimento nasal”, explica a tutora, que também é médica veterinária.

O processamento do odor estabelece conexão com o sistema límbico, associado à experiência e expressão das emoções e comportamento social, assim como ao hipocampo, que se relaciona com o armazenamento da memória dos cães.

“Sendo assim, as memórias relacionadas aos odores, vem demonstrando ao longo dos estudos como mais intensas, quando comparadas com aquelas que tiveram sua percepção e ativação por outros sentidos, como visão, tato ou paladar”, destaca Caroline.

Os cães além de apresentarem uma zona olfatória no cérebro mais desenvolvida, possuem uma superfície epitelial na cavidade nasal 40 vezes maior, que contêm mais células olfatórias. “Um cão da raça Pastor Alemão, por exemplo, possui 220 milhões de células com receptores olfatórios, enquanto os humanos possuem cinco milhões”, exemplifica a especialista.

A capacidade olfativa dos cães também é afetada por fatores como o temperamento, a motivação, o estado físico e emocional, a idade, a experiência, a relação com seu condutor, além de fatores externos, como a temperatura e umidade do ar.

Atenção redobrada

Apesar de fazer parte da natureza do animal, o hábito de farejar, especialmente quando associado a passeios com o cachorro, deve vir acompanhado de alguns cuidados. “Nessas oportunidades, o pet pode acabar inalando ou ingerindo algum inseto, fezes de outros animais, entre outros elementos nocivos para a sua saúde”, alerta.

“Se possível, ao longo do passeio com o cachorro, escolha um momento específico e um lugar seguro para soltá-lo da coleira e deixá-lo explorar o ambiente com tranquilidade e segurança”, recomenda a veterinária Carolina.

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