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Cultura

Ponto de Ebulição: primeira edição do festival fortalece a cena local e o protagonismo de mulheres na música

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Entre os dias 11 e 12 de julho, aconteceu a estreia do festival Ponto de Ebulição, no Teatro Riachuelo, em busca de festejar em um dos principais palcos da cidade, a mistura dos ritmos e elementos musicais da nossa cultura popular.

O evento proporcionou misturas e colaborações que sacudiram a plateia, com o conforto que o espaço assegura. O line-up, recheado de mulheres multifacetadas da cena potiguar, trouxe artistas de gerações e ritmos diferentes, onde o ponto de fusão de todas elas era o amor à música.

Tiquinha Rodrigues e Sarah Oliver
Foto: Zé Félix/Elo Jornal

Na quinta-feira (11), para abrir o festival, contamos com a colaboração de Tiquinha Rodrigues e seu amor pela música erudita, além da música popular e seus mais de 30 anos de performances, seja como musicista, seja como cantora; junto a ela, a Sarah Oliver, relativamente nova no cenário musical, que flerta com tantas misturas entre coco, forró e brega, trazendo ainda elementos de dub. As artistas compartilharam “Do Jeitinho Delas” as suas músicas autorais e em entrevista revelaram ainda o desejo de trabalharem juntas em algum projeto além do apresentado na noite de quinta-feira.

Em entrevista ao Elo Jornal, Tiquinha Rodrigues e Sarah Oliver afirmam que ambas procuraram “intersecções e pontos de encontros em suas músicas” na hora de montar a apresentação colaborativa. Rodrigues é uma mulher de muita energia e vibração, “o palco é um solo sagrado”, assegura ela, após mencionar a energia das bandas juntas, ao mesmo tempo que sentia a vibração do público.

Já Oliver diz que “procuraram momentos no show e blocos onde dialogassem, e que uma puxasse a outra” para que assim, as músicas e a apresentação pudessem construir-se dando sinergia a ambas as artistas no palco.

Simona Talma - Ponto de Ebulição
Foto: Zé Félix/Elo Jornal

Ainda na quinta-feira (11), Simona Talma e banda foram responsáveis em arrepiar a plateia, causando um efeito físico em muitos que se encontravam admirados com a força do seu cantar, em show comemorativo de 18 anos do seu álbum “A moça mais vagal que há”.

Finalizando a primeira noite, Valéria Oliveira, cria das Rocas — berço potiguar do samba — trouxe diversos sucessos da sua longa jornada na música, com mais de 30 anos de carreira e marcos expressivos também internacionalmente.

Valéria Oliveira
Foto: Zé Félix/Elo Jornal

Na sexta-feira (12), para abrir o segundo e último dia, Gracinha e Cami Santiz aqueceram o público, que estava amando a colaboração das artistas que, apesar de não nascerem aqui, residem e compõem a cena local potiguar.

Gracinha e Cami Santiz
Foto: Zé Félix/Elo Jornal

As artistas que trazem em suas músicas uma pegada bem tropical, trabalham ainda com um som que insere guitarra elétrica marcante, para comentar sobre a construção do show colaborativo, Santiz diz que “de primeira a gente ficou, nossa, jantar duas coisas assim, de latinidades, e o de Gracinha, a Psicodelia, a minha parte, mais assim, sintetizadores tropical, no final a gente viu que tinha muitas coisas a ver, inclusive quando a gente foi juntando as músicas fomos tendo várias ideias, inclusive esse mashup de “Gigante” com “Gloss” que combinou em “Giglos”.

Já Gracinha confessa que no início ficou um pouco preocupada. De acordo com ela, “Fiquei preocupada no início porque nossos estilos são muito diferentes, Cami mais pop latino e o meu vai para um indie rock total, mas eu senti que nossos tons de vozes são semelhantes, então foi fácil fazer essa junção musical”, conclui a artista.

Dani Cruz
Foto: Zé Félix/Elo Jornal

Em segundo ato da noite, a cantora Dani Cruz sobe ao palco e traz todo o encantamento do público pela sua apresentação, tornando o espetáculo cada vez mais energético.

Khrystal
Foto: Zé Félix/Elo Jornal

E para fechar a primeira edição, Khrystal trouxe o seu show “Dois Tempos” para encerrar com chave de ouro a estreia do festival, mostrando o motivo pelo qual sua carreira de mais de duas décadas é bem sucedida e referência potiguar.

Para Danielle Souza, assistente de Recursos Humanos, o evento é “muito importante para valorizar a arte local e também para dar acesso gratuito ao teatro que tantas vezes é tão inacessível para as pessoas”. Para ela, o valor inacessível é um fator que acaba afastando as pessoas do teatro. “Temos que valorizar essas ações, principalmente dentro desses locais também para que sejam mais conhecidos pelo público”, conclui a profissional de RH.

O Ponto de Ebulição é uma realização de Pinote Produções junto a patrocínios por meio do Programa Djalma Maranhão, da Prefeitura do Natal e da Universidade Potiguar (UnP).

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