Sociedade
Entregadores de aplicativo realizam hoje paralisação nacional
Os trabalhadores cruzaram os braços para chamar à atenção às péssimas condições de trabalho da categoria.
Embora a demanda de entregas tenha aumentado devido à pandemia, o faturamento desses profissionais não acompanhou o mesmo ritmo.
Bryan Mário Silva, trabalha como entregador há três anos, ele alega que com cenário da quarentena ficou mais difícil de trabalhar, ganhar o pão de cada dia e que muitas vezes o serviço não paga nem o combustível do veículo.
“A gente batalha todo dia para tentar uma melhora de vida em meio a tantos problemas no país, às vezes a moto quebra na entrega e nós não recebemos nada quando isso acontece. Se a gente reclama na plataforma, eles ainda nos bloqueiam”, conta o entregador.
No dia do ‘Breque dos Apps’ a recomendação do movimento é que os trabalhadores não liguem os aplicativos e que os usuários também não façam nenhum pedido pelas plataformas e se possível ajudem pelas redes sociais com a #BREQUEDOSAPPS.
No brasil cerca de 98% da categoria aderiu ao ato, que pelos próximos dias também acontecerá em outros países como Argentina, Austrália, China, Chile, Equador, México e Inglaterra.
Em entrevista ao Revista Brasil, da EBC, a advogada especialista em direito trabalhista, Karolen Gualda Beber, afirma sobre a categoria, que ainda são necessárias algumas regulamentações que tragam segurança para estes trabalhadores, mesmo sem contrato de trabalho. Hoje, em caso de acidente, se o trabalhador não contribuir para o INSS, ele fica desamparado.
Em Natal, durante o dia, a paralisação concentrou os entregadores na frente do shopping Midway Mall e outras regiões da cidade. Logo mais às 20h, a manifestação acontece em frente ao Ginásio Nélio Dias, na zona norte da cidade.