Resenha: O Poço (Sem spoilers)

Diferente dos cinemas em que tiveram que cancelar suas exibições e estreias devido a pandemia mundial do COVID-19, as plataformas de streaming continuando servindo muito conteúdo de qualidade. No último dia 20, a Netflix oficializou ‘El Hoyo’ – de tradução brasileira ‘O Poço’ – como sua nova aposta do catálogo. A direção da obra espanhola é por conta do Galder Gaztelu-Urrutia, um estreante em longas-metragens, o diretor não é muito conhecido dentro da cultura pop, mas já foi indicado ao Prêmio Goya de Melhor Diretor Revelação neste ano de 2020 com esta mesma obra. O filme é de suspense e terror espanhol, além de também ser categorizado em ficção científica.

O longa aborda um futuro distópico que coloca o espectador para refletir sobre camadas sociais, religião e a barbárie humana. A sua estreia na plataforma em meio ao isolamento social e pandemia em larga escala está fazendo com que o filme, de certa forma, seja bem visado, e que é de se surpreender que, certamente vivemos as desigualdades contidas entre as cenas, nos quais simbolizam o ego e a arrogância de quem está em cima – com poder e melhores condições – sobre as pessoas que estão embaixo sendo inferiorizadas de todas as formas possíveis, isso quando não chega ao ápice do ‘matar ou morrer’.

Apesar de causar reações diversas, a ‘poluição visual’ consciente do filme acaba deixando a crítica por trás da obra ainda mais evidente, os tons e as luzes utilizadas também reforçam essa ideia em todos os níveis representados no filme. E apesar da popularidade entre os brasileiros, o longa que se encontra durante dias no top 10 da plataforma dividiu opiniões. Um ótimo filme para se assistir após a leitura desta resenha, para que assim, você também possa nos contar o que você achou. Se a obra merece estar entre os 10 títulos do momento ou se é motivado pela curiosidade em meio a quarentena a estar nessa posição.