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Moda & Estilo

Eliminando padrões: Uma nova face no mercado da moda

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Foto: Pexels/ Godisable Jacob

A luta contra o racismo foi se tornando mais forte e evidente nos meios midiáticos com o passar dos anos, e é uma pena ainda termos que enfatizar a gravidade de atitudes racistas em pleno ano de 2022. Assim como em todo o mercado, percebemos muitas mudanças também na área da moda, com falas e representatividade de pessoas negras nos maiores espaços visuais da moda no mundo, e principalmente no Brasil. Tínhamos à moda como um meio altamente ditatorial e com seguidores seletos. O que oprimia e limitava as oportunidades para o povo preto! Mesmo que vivamos em um cenário repleto de desigualdades, por muitas vezes essa seleção de padrões foi persistente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, infelizmente apenas 29,9% da população preta do brasil ocupa cargos de níveis hierárquicos altos, em todo mercado de trabalho.

O que por anos se reflete no mercado fashion!

Notamos agora, muitas marcas independentes criadas principalmente pela minoria que muitas vezes são marginalizadas pela sociedade. Um exemplo são as marcas Du Gueto e F.art, ambas nordestinas e criadas por pessoas pretas, expressando fortemente a representação de mulheres e homens negros na cena mercadologica do país, “you are boss!”

Foto: Reprodução/Instagram

A @marcaf.art foi criada pela Rafaela Fagundes, 28, onde cria e produz toda identidade e coleções da marca. Rafinha é uma mulher preta, que vive em Natal, RN e segue com uma forte representação no mercado de moda potiguar, aumentando as possibilidades e fomentando sua própria oportunidade. Eliminando barreiras e agarrando seu espaço, a F.art já está em circulação a mais de 2 anos e só está crescendo.

O que mais elas representam?

Moda urbana, é essa linguagem que as marcas exalam sem esforço mostram como o cenário fashion se transformou e continua em constante mudança. Assim como no final dos anos 70 e 80 em que os costumes, formas e expressões passaram a sair das ruas, os maiores impulsionadores deste movimento foram os grupos silenciados e marginalizados pela dita sociedade “padrão”. Em meio ao grande centro ditatorial, pessoas pretas tiveram maior representação em uma nova forma de comunicar moda, expressando e mostrando suas raízes e formas, um misto de resistência e persistência. Seguindo os passos dados nos anos 70 com início do movimento “black power” o movimento estético e de luta contra o racismo.

É com essas ações que mudamos nossa própria visão de mundo e abrimos oportunidades e sonhos para os nossos irmãos. Um modelo de expressão que absorve influência de inúmeros fatores, desde o cultural ao urbano, seja na utilização de grafites, cabelos trançados, afro descendência, estilo musical e outros tipos de comportamento em que estes grupos estão imersos, buscando dar um novo significado e representação à moda contemporânea.

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