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Warrior Nun: o debate entre religião e as fronteiras éticas da ciência

Publicado

Segunda temporada de Warrion Nun, da Netflix
Foto: Divulgação/Netflix

O seriado da Netflix estrelado por Alba Baptista vai muito além de uma obra que aborda religião, seus dezoito episódios (10 na primeira temporada e 8 na segunda) mesclam-se a discussões sobre os perigos ocasionados pelo fanatismo religioso, a defesa de crenças e ideologias e até que ponto somos capazes de defendê-la além de, claro, a influência do poder sobre as pessoas. 

A ficção sobrenatural traz drama e ação à cena, utilizando referências religiosas na busca de explicação sobre o que somos, para onde vamos ou por qual motivo vivemos. É fácil resumir a série como “freiras guerreiras lutando contra demônios”, e para ser breve isso poderia servir, mas o buraco está bem mais embaixo, vai muito além disso e faz-se necessário discutir sobre as pautas levantadas pelo showrunner Simon Barry.

Apesar de não ter divulgação significativa da plataforma de streaming, Warrior Nun possui números significativos, sua primeira temporada foi lançada em 2020, já a segunda foi lançada há pouco, em 10 de novembro 2022.

Nesta segunda temporada, a pontuação diante dos críticos continua estável com seus 100% de aprovação, das 9 avaliações especializadas recebidas até o momento na plataforma Rotten Tomatoes, além disso, a pontuação do público, atualmente é de 99% (baseada em feedback dos mais de 6 mil usuários que avaliaram a obra).

É importante ressaltar que, apesar de ser um seriado que traz a igreja como um dos núcleos narrativos e com uma ampla diversidade cultural (elenco de atores de diversos países e personagens que são poliglotas), o programa dá voz e vez a discussão ampla sobre diversidade sexual, trazendo para a narrativa personagens que, por pressão religiosa e até social acabam num dilema entre aceitar-se ou negar-se.

Rica em discussões pertinentes à nossa vida real, Warrior Nun mostra que há como usar e ousar sobre discussões tidas ainda como tabu, mesmo apropriando-se de narrativas fictícias e semântica para propor uma reflexão mais significativa.

Saindo da mesmice e dos clichês adolescentes de boa parte do catálogo de streaming, os episódios encurtam-se em meio a maratonas devido a curiosidade e facilidade de se prender ao enredo e seus personagens, em busca da descoberta da próxima reviravolta propiciada pela trama.

O protagonismo feminino é um elemento importante, dando foco em personagens complexas e carismáticas. A não-renovação da série seria um lamento completo, não apenas por causa da representatividade feminina, mas também por unir a ciência e a religião e confrontá-las em um só golpe.

Ficha técnica

O seriado também conta com a participação de Kristina Tonteri-Young, Lorena Andrea, Toya Turner, Sylvia De Fanti, Thekla Reuten, entre outros.

Sinopse

Uma jovem acorda no necrotério com superpoderes e descobre que faz parte de uma seita secreta de freiras caçadoras de demônios.

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