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Saúde

Tecnologia pode ajudar a diminuir subnotificação da Covid-19

Câmeras térmicas já são usadas em todo o mundo para detectar pessoas que possam estar com o novo coronavírus

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Estudos comprovam que é alta a subnotificação dos casos da Covid-19 em todo o Brasil. Com poucos testes e com a aplicação apenas nos casos mais graves, os números indicados pelos órgãos de saúde não correspondem à realidade do país. Uma pesquisa do portal Covid-19 Brasil, que reúne pesquisadores da Universidade de Brasília e da Universidade de São Paulo indica que o número de infectados pode ser 15 vezes maior do que os números oficiais.

Câmeras térmicas já são usadas em todo o mundo para detectar pessoas que possam estar com o novo coronavírus | Foto: Reprodução

Outros dados também reforçam a subnotificação, como o aumento expressivo de casos e de internações por síndrome respiratória. Essa alta, aliada à negativa nos testes para outras gripes, aponta para o crescimento da Covid-19 muito maior que o divulgado. Com tantos casos não diagnosticados e a circulação dessas pessoas, o contágio tende a aumentar. Para evitar essa situação e buscar auxiliar na triagem da população, estabelecimentos estão aderindo à utilização de câmeras térmicas, uma tecnologia que ajuda na identificação de pacientes com temperatura elevada, o que pode indicar a presença do vírus.

O equipamento se mostra muito eficaz para monitoramento de aeroportos, lojas, supermercados, feiras e demais pontos com intensa circulação de pessoas. As câmeras atuam na medição da temperatura corporal à distância e realizam essa averiguação convertendo as radiações emitidas pelos corpos das pessoas em um valor térmico por meio de algoritmos específicos. Com isso, é possível realizar uma triagem sem contato físico, com até cinco metros de distância, e com a eficiência de 60 pontos de detecção por minuto, além de permitir a visualização em tempo real.

A tecnologia já foi amplamente utilizada em países como Reino Unido, Austrália, Rússia, Cingapura e Turquia, que adotaram medidas em aeroportos e regiões de fronteira para identificar casos suspeitos de coronavírus. Em Brasília, as câmeras foram recentemente utilizadas para detectar a temperatura de pacientes durante testes rápidos do novo coronavírus.

Em Natal, algumas empresas já estão buscando adotar a medida para garantir mais segurança aos clientes. “Com as câmeras, os estabelecimentos conseguem proteger os clientes monitorando a temperatura deles e identificando casos que podem ser suspeitos a uma distância segura, auxiliando inclusive no possível diagnóstico da doença”, destaca Erich Rodrigues, diretor da Interjato Soluções, empresa que atua no segmento de videomonitoramento na capital potiguar.

*Texto de LetraA Comunicação

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