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Esporte

O resultado era mais importante do que a exibição

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Numa partida diferente das demais neste Brasileirão, o Santos é dominado, mas conta com a lei infalível no Brasil e uma atuação memorável de João Paulo para sair do Castelão com a vitória por 1 a 0

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(Foto: Samuel Andrade)

No pré jogo duas surpresas na escalação do Santos: Carlos Sánchez e Soteldo seriam reservas pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro. Não por opção técnica, mas sim física, por conta do desgaste da maratona de jogos.

Logo, Cuca tinha a missão de encontrar dois substitutos para pôr em campo na partida contra o Vozão. Nesse caso específico, duas posições antagônicas na equipe praiana.

Na coordenação de jogadas há escassez de matéria-prima e com a lesão de Jean Mota no duelo contra o Vasco, isso piorou. Em contraponto, na função de ponta, sobram alternativas no plantel, mesmo que elas não estejam no patamar do camisa 10 do peixe.

Contra o Ceará os escolhidos foram Arthur Gomes, no meio, e Lucas Braga, na beirada do campo. O juiz apitou o início dos 90 minutos no Castelão e ambas as alterações não comprometeram o padrão tático do time defensivamente, mas nas saídas para o ataque Arthur destoava dos demais por estar deslocado de sua posição e, por ter características de velocidade, pouco agregava na função de armador e não conseguia dar dinâmica a equipe

Portanto, para que o Santos conseguisse algo além do empate, o roteiro mais repetido neste Brasileirão, haveria de entrar em cena a lei do ex. Felipe Jonathan, Marinho e Éverson poderiam cumprir esta norma e os dois primeiros citados aprontaram contra o ex-clube. Numa dobradinha em que Marinho iniciou o lance e serviu Felipe, o Santos abriu o Placar.

Com o gol logo aos 9 minutos, a decisão de Cuca foi recuar a equipe e jogar toda a partida no campo de defesa, logo não fizeram questão de ter mais posse de bola como em outros jogos, justamente porque o objetivo era sair com os três pontos e a exibição ficou em segundo plano.

Guto Ferreira, apelidado carinhosamente de “Gordiola”, se surpreendeu com a postura defensiva adotada pelo Santos e percebeu que precisava ter criatividade para furar esse bloqueio santista. Nesse momento, a lei do ex deu lugar a outro personagem: João Paulo.

Não se pode dizer que o Ceará fez uma partida ruim, por quatro vezes a equipe comandada por Guto conseguiu claramente romper as linhas defensivas do clube paulista, mas parou num dia inspirado do goleiro do Santos, que contou até com ajuda da trave para sair ileso do Castelão, naquela que pode ser apontada como sua melhor atuação no profissional.

Além desses dois aspectos principais da partida, um pormenor “ajudou” na conquista dos três pontos do Santos e quebrou a sequência de três vitórias da equipe nordestina. Perto do fim da partida, o confronto que até ali era agradável de acompanhar ficou faltoso e até teve um principio de briga generalizada. Resultado: quatro expulsões num intervalo de onze minutos. Ao todo, seriam seis cartões vermelhos, pois após o apito para o centro do campo, Wagner Reway expulsou mais dois do Ceará, o treinador Guto Ferreira e o atacante Leandro Carvalho, por reclamação acintosa.

Fim de jogo no Castelão, 1 a 0 para o Santos que não teve uma exibição tão boa como foi contra Flamengo e Vasco, mas conseguiu o triunfo que nessa altura da competição era o mais importante depois de passar três jogos sem vencer. Seguindo a linha dos três, “Gordiola” e seus comandados perdem a crescente que vinham conquistando na tabela e param na oitavo posição, uma abaixo do time paulista.

Agora o Santos volta para São Paulo, onde encara o Atlético Mineiro na quarta-feira às 21h30min na Vila Belmiro, enquanto isso, às 19h15min, da próxima quinta-feira, o Ceará terá compromisso no Rio Grande do Sul, onde enfrenta o Internacional, líder da competição no Beira-rio.

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(Foto: Samuel Andrade)
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