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Gastronomia

Consumo do café pode reduzir chances de morte, segundo estudo

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O Brasil é o maior exportador de café no mercado mundial e o segundo maior consumidor

Foto: Pexels

“Você gostaria de sentar e tomar uma xícara de café?” Se você é um brasileiro autêntico, com certeza já fez ou recebeu esse convite. Isto porque muito além das propriedades nutritivas, o café se apresenta no Brasil como um elemento atrelado à sociabilidade e intimidade, além de fazer parte da história e economia do País. 

Aos amantes da bebida, mais uma bom motivo para consumi-lo: beber café frequentemente pode diminuir a chance de  morte por problemas cardíacos, segundo pesquisa publicada e apresentada no ESC Congress 2021. O estudo realizado por chineses analisou mais de 460.000 integrantes do BioBank do Reino Unido, com dados de desde o início de 2006, incluindo detalhes sobre hábitos de consumo de café dos participantes.

Segundo a pesquisa, consumir moderadamente o café reduz em 12% as chances de morte por causas diversas, 17% para doenças cardiovasculares e 21% para AVC. Contudo, a análise considera a ingestão do café preto, sem adicionais como leite, creme, açúcar ou outros ingredientes.

Para os brasileiros, especialmente, esta é uma ótima notícia. Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o Brasil é o maior exportador de café no mercado mundial e ocupa a segunda posição, entre os países que mais consomem a bebida.

Além disso, o Brasil responde por um terço da produção de café no mundo, dessa forma sendo o maior produtor mundial, posição que detém há mais de 150 anos. Neste último ano, apesar da crise econômica decorrente da pandemia, a procura por café permaneceu em crescimento: houve alta de 1,71% em relação ao mesmo período analisado no ano anterior.

Os dados comprovam que o café e o Brasil têm uma relação muito próxima. É uma bebida que está sempre envolvida nos encontros, rituais de sociabilidade, com um ato de comensalidade – a cultura envolvida no alimentar-se. A palavra comensalidade deriva do Latim, onde “mensa” significa “conviver à mesa”.

“O brasileiro sempre traz essa ideia de que a bebida tem um significado, de estar à mesa, do servir bem, acolher, do elo, de manter um encontro, manter o vínculo. O café acaba ocupando esse lugar do sagrado na gastronomia, o de estar no cotidiano das pessoas. O café também tem uma sua marca na história do Brasil atrelado à nossa economia, junto à cana-de-açúcar, e os dois juntos atuam ainda na formação de nosso paladar”, expõe Helington Costa, professor do curso de Psicologia da Estácio. 

O café e suas características nutritivas

Sobre suas características, o professor de Nutrição Rodrigo Ruegg explica que um estudo de meta-análise de 2017 revela que o consumo do grão é associado a um risco menor de câncer específico, incluindo câncer de próstata, câncer de endométrio, melanoma, câncer de pele não melanoma e câncer de fígado. 

“O consumo também tem associações benéficas com condições metabólicas, como diabetes tipo dois, síndrome metabólica, cálculos biliares, gota e pedras renais e para condições hepáticas, incluindo fibrose hepática, cirrose, mortalidade por cirrose e doença hepática crônica combinadas. E também parece haver associações benéficas entre o consumo de café e a doença de Parkinson, depressão e doença de Alzheimer”, elenca o nutricionista, acrescentando que o estudo conclui que o consumo diário de 3 a 4 xícaras por dia não apresenta prejuízos à saúde.

O estudo não detalha, mas cita o cuidado que se deve ter no consumo em relação ao aumento da frequência cardíaca, estimulação do sistema nervoso central e ansiedade. Além do risco de uma possível dependência. “Isso acontece principalmente devido à presença da cafeína, uma substância estimulante presente no café, além de síndromes de abstinência com sintomas de dor de cabeça e estresse quando o indivíduo não está sob efeito da substância”, expõe.

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