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Esporte

Chuva de gols na Vila Belmiro

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Santos e Vasco fazem jogo de quatro gols e não saem do empate nos 90 minutos. Melhor para o Gigante da Colina que mesmo com desfalques levou um ponto valioso para o Rio de Janeiro

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(Foto Ivan Storti — Santos FC)

Em busca da recuperação após derrotas no Campeonato Brasileiro, Santos e Vasco se encontraram na Vila Belmiro. O Alvinegro Praiano pretendia os três pontos para não se afastar do G-6 e conseguir voltar a vencer depois de dois revezes na competição, enquanto o Cruz-maltino buscava pontuar longe de seus domínios com um elenco recheado de desfalques.

Embora estivesse com oito baixas no elenco, sendo três delas titulares — Leandro Castán, Ricardo Graça e Talles Magno — , o Vasco foi quem criou a primeira oportunidade com 10 segundos de partida e já com uma bola na trave de German Cano, que calibrava o pé.

Vale destacar a trapalhada na saída de jogo do Santos, que deu o pontapé inicial e viu seu lateral-esquerdo Felipe Jonathan entregar de bandeja aquele que poderia ter sido o gol mais rápido do Campeonato Brasileiro.

Este erro no começo da partida fez com que o Vasco concentrasse seus ataques pelo setor de Felipe, que tinha como cobertura um volante improvisado na zaga, Alison. Nesse caso específico, a mudança de posição não é o maior dos problemas, pois o trabalho de ficar na sobra o volante/zagueiro santista faz bem. Porém, a escalação pelo lado esquerdo prejudicou a atuação do camisa 5 enquanto ele permaneceu na função.

O Gigante da Colina estava num bom momento na partida e mesmo com algumas baixas, foi corajoso ao jogar de igual para igual contra o Santos na Vila Belmiro nos primeiros minutos do duelo.

Até conseguir acertar a marcação do lado esquerdo, a equipe comandada por Cuca demorou para incomodar o goleiro Fernando Miguel, contudo, quando acertou o setor que estava com problemas, o futebol do time fluiu e Lucas Veríssimo inaugurou o placar da Vila aos 21 minutos da primeira etapa.

O andamento da partida só demostrou que embora o Vasco tivesse a proposta de não jogar apenas no erro do adversário, a equipe com desfalques não iria ter a capacidade de manter a mesma pegada no ataque durante o primeiro tempo. Aos 35 minutos, a posse de bola explicitava esse fato, quando o Santos chegou a 65% de posse de bola no confronto.

Porém, dominar o confronto não é garantia de descer ao vestiário ileso e nem de jogar recuado é certeza de terminar no zero na partida. Portanto, o Vasco conseguiu empatar numa jogada de escanteio com Felipe Bastos, após longa revisão do árbitro de vídeo.

É preciso fazer uma nota sobre a atuação do VAR. A revisão do lance durou incríveis cinco minutos, num lance complexo vale ressaltar, mas que deveria ter uma duração bem menor, logo que se tratava de um lance de impedimento e não de uma jogada interpretativa.

Gol validado corretamente e os primeiros 45 minutos terminaram 1 a 1. Na volta para o segundo tempo, Cuca voltou ao estilo tradicional de sua escalação, sacou Jobson que havia tomado cartão amarelo e em seu lugar entrou Luan Peres, com isso, Alison voltou para sua função de origem, no meio campo.

Diferentemente da partida contra Flamengo, o Santos não se abateu com o empate e após marcação pressão bem feita, o time praiano forçou o erro do Vasco, que cedeu uma falta perigosa. Marinho se encarregou da cobrança e quando a fase é boa, a bola entra até em um lance que não é a sua especialidade.

Em vantagem no placar, o Santos tinha a missão de controlar a partida e buscar um contra-ataque no duelo para ampliar o marcador, logo que com o tempo Ramon e seus comandados iriam sair para tentar buscar o empate.

O tempo passou, o técnico vascaíno fez alterações e deixou o time mais ofensivo para buscar o empate fora de casa. Juninho deu lugar a Ribamar, porém, o novo empate saiu dos pés de outro centroavante, German Cano, que cobrou o pênalti após o árbitro Rodrigo Dalonso assinalar a marca da cal com auxilio do VAR, por conta de um involuntário, mas existente toque de mão dentro da área de Alison.

Nessa altura do confronto, a equipe da Vila Belmiro não teve condições de buscar outro gol. Sem opções criativas para o meio-campo no banco reservas, restou ao Cuca realizar mudanças com os atacantes de beirada de campo e dizer que tentou.

Sem um armador num dia inspirado não foi possível encontrar espaços no final da partida diante do Vasco, que com méritos arrancou um empate longe do Rio de Janeiro e pelo por enquanto — com um jogo a menos — , se mantém na briga pela parte de cima da classificação do Brasileirão.

Agora o Gigante da Colina tem pela frente o Athletico/PR no domingo às 18:00, em São Januário, enquanto o Alvinegro Praiano viaja ao Nordeste para enfrentar o Ceará no sábado às 21:00 no Castelão.

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