Esporte
70 anos de glórias e histórias
O Maracanã é o estádio de futebol mais famoso do Brasil, quiçá do planeta. E hoje, completa 70 anos.
Único estádio na história a receber duas decisões de Copa do Mundo e uma abertura de Olimpíadas, o Estádio Jornalista Mário Filho foi comparado ao Coliseu de Roma pelo ex-presidente da FIFA Jules Rimet e chamado de Templo do Futebol por muitos torcedores pela história e grandeza que carrega.
Localizado no Rio de Janeiro, é considerado a casa dos clubes cariocas e palco dos mesmos times nas competições nacionais e internacionais. É também um monumento que pode se orgulhar das maiores festas que já proporcionou aos muitos torcedores e visitantes ao longo da sua história.
Não são poucos os personagens que passaram pelo Maraca. Até mesmo o maior futebolista que a história conhece, o Rei Pelé, já viveu suas glórias em tempos de atividade. O primeiro gol dele pela Seleção Brasileira foi no próprio Maracanã, além de ter sido campeão sobre o Botafogo, o Vasco e o Flamengo no mesmo estádio.
Roberto Dinamite, um dos maiores jogadores da história do Vasco, “explodiu” no Maraca. O recorde de gols do estádio em uma mesma partida, remete aos 6 tentos que foram marcados por Zico.
Quando foi inaugurado em 16 de junho em 1950, o MAracanã era o maior do mundo e tinha capacidade para 200 mil pessoas, quase 10% da população carioca, segundo o censo da época. Em sua última reforma, em 2013, custou aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão e reduziu sua capacidade para 78 mil pessoas.
Seu recorde de público é de 199 mil espectadores, registrado na Copa do Mundo de 1950, que foi vencida pelo Uruguai na finalíssima contra a seleção canarinha, no famoso Maracanazzo, que foi um dos maiores reveses da história do futebol, deixando desolado os torcedores brasileiros. Atualmente, o Maraca não aparece nem entre os 20 maiores do mundo em capacidade de público.
O Maracanã foi construído justamente para a copa de 1950, quando o Brasil foi escolhido quatro anos antes para sediar o mundial. As obras começaram em 1948.
Cinco construtoras e 3.500 operários o ergueram em apenas 22 meses. Tal rapidez com a construção chegou a criar entre os moradores do Rio o temor de que a estrutura não era resistente o suficiente para suportar grandes públicos.
Para tranquilizar os torcedores, três mil funcionários foram convocados a pular simultaneamente nas arquibancadas antes de sua abertura.
O Estádio Jornalista Mário Filho tem, na história, decisões que totalizam 34 jogos, desde o Torneio Rio-São Paulo de 1952, entre Vasco e Portuguesa (SP), e a Recopa Sul-Americana, entre Flamengo e Independiente del Valle (EQU), em 2020.
E não somente times do Rio fizeram jogos memoráveis no estádio. Por exemplo: o Santos, que foi campeão mundial em 1963 contra o Milan no Maracanã. Ocorreu o mesmo com o Corinthians sobre o Vasco, em 2000.
Com a Seleção Brasileira não foi diferente. Viveu altos e baixos no estádio. Como citado acima, perdeu a primeira decisão, na Copa de 1950, para o Uruguai. Porém, no mesmo palco, conquistou os títulos da Copa América em 1989 e 2019.
A Conmebol havia escolhido, antes da pandemia do coronavírus, o Maracanã como sede da final da Libertadores deste ano. A decisão do principal torneio de clubes da América do Sul está marcada para o dia 21 de novembro. Porém, deverá ser alterada devido a paralisação do futebol no continente.