Gastronomia
Você sabe o que são plantas alimentícias não-convencionais?
Seu cultivo aumenta a diversidade alimentar e colabora para a renda dos agricultores
Elas são pouco conhecidas, porém possuem um enorme potencial nutritivo. As plantas comestíveis não conhecidas (PANC) da Amazônia geralmente são encontradas em grande escala em sítios da zona rural de Manaus. De acordo com a coordenadora do curso de Gastronomia da UNINASSAU Natal, Illana Louise, pelo menos 100 espécies de plantas comestíveis fazem parte do cardápio de muitos estabelecimentos. “Basta olhar para esses sítios e perceber que tudo que eles cultivam vira alimento. De lá, saem plantas como “oro pro nobis”, “taioba”, “moringas”, “bananeiras” e uma infinidade de plantas adaptadas ao ambiente’’, pontua.
O valor nutricional de uma panc geralmente é maior que o de plantas comuns. Uma porção de taioba, por exemplo, tem mais nutrientes que uma folha de couve. “Isso significa que, por ter tantas propriedades nutricionais, ela pode ser facilmente introduzida na alimentação do dia a dia”, explica Illana.
Dependendo do local de cultivo, podem existir pelo menos 30 espécies de plantas comestíveis, como a jurubeba, mas não é porque as pancs são facilmente encontradas que você sairá por aí comendo todas. Mas, a especialista alera para os cuidados: “Se você é uma pessoa leiga, botanicamente falando, e não sabe diferenciar uma folha de jambo de uma folha de jambu, não saia por aí consumindo qualquer coisa”.
Do sítio para a mesa, do mato para o prato. Em muitos restaurantes, as pancs são ingredientes indispensáveis para alguns preparos. Elas estão sendo utilizadas, principalmente, em preparações da culinária asiática. Para a advogada, Ana Emília Couto, apreciadora da culinária oriental, um dos fatores principais que a fez experimentar essas novidades, foi à curiosidade. “Provamos um sushi regado ao talo de vitória régia e nos apaixonamos, achamos uma combinação incrível de sabores”, conta.
Entretanto, para não correr o risco de consumir algo venenoso, é de extrema importância se pesquisar antes ou até mesmo conversar com alguém que seja especialista no assunto. Analisar o local onde a PANC foi encontrada, sobretudo nas grandes cidades, onde o nível de poluição é mais elevado, também é importante. Hoje, com a internet, buscar essas informações sobre as PANCs em sites e vídeos se tornou muito mais fácil.