Trocar críticas e julgamentos por amor

“É curioso como a gente aprendeu a diagnosticar os outros com uma velocidade que nem a internet 5G alcança. Mas pra amar, a gente ainda tá no modo discado.”

A verdade é que todo mundo anda meio sensível, meio cansado, meio atravessado — e com uma pequena tendência a julgar tudo que se move.

Fulano chorou?
“Ai, drama.”
Beltrano se afastou?
“Problema dele.”
Alguém desabafou na internet?
“Ai, mais uma se fazendo de vítima.”

A gente tá tão acostumado a diagnosticar o comportamento dos outros que virou esporte. E, olha, se desse medalha, o pódio da humanidade tava cheio.

Mas… e se a gente, trocasse a pressa em criticar por uma pausa pra acolher?

Nem sempre é frescura, mimimi ou carência.
Às vezes, é só dor mal resolvida com uma roupagem barulhenta.
Ou medo travestido de opinião forte.
Ou cansaço disfarçado de grosseria.

Sim, eu sei meus amores, tem gente muito chata. Tem mesmo.
Mas até gente chata tem uma história.
E amor não é concordar — é conseguir olhar sem condenar.

Na astrologia, Vênus — o planeta do amor — fala de vínculo, de beleza, de afeto. Mas também nos lembra que amor começa com valorização.
E isso vale tanto pra si quanto pro outro.

Julgar é fácil.
Você faz de graça e ainda acha que tem razão.
Mas amar?
Amar exige maturidade, exige presença, exige baixar a guarda e ouvir sem armar discurso na cabeça.

E se hoje, só por hoje, você não fosse o juiz do mundo?
Se deixasse o gavel (aquele martelinho imaginário do julgamento) de lado e tentasse algo bem radical?

Tipo… Amar?

Spoiler: você vai descobrir que acolher os outros é um atalho bonito para o autoacolhimento.