Resenha: Tudo bem no Natal que vem

Como boa amante do Natal e de todo o universo natalino, me surpreendi quando a Netflix anunciou neste ano que iria estrear um filme brasileiro que se passava no Natal. Realmente, 2020 é um ano cheio de surpresas, só que mais surpresa ainda, fiquei quando vi o filme e descobri o quanto ele vale a pena.

Confesso que não estava muito animada para assistir, mas a curiosidade falou mais alto e não me arrependi. A trama conta a história de Jorge (Leandro Hassum), um homem casado, pai de dois filhos e que odeia o Natal. Logo de cara, já temos o contraste de um Natal sem neve, com problemas reais e uma comemoração parecida com a nossa: Família reunida para ceia, o tio do pavê, a prima chegando com o namoradinho, as crianças tentando adivinhar os presentes e toda a confusão garantida.

Só que além disso temos a magia do Natal envolvendo tudo. E na trama, o Jorge reclama tanto do Natal que acaba preso nele. Todos os dias, quando acorda é Natal de novo. Nos seus primeiros natais ele tenta descobrir o que aconteceu e um jeito de voltar ao normal, mas sem encontrar resultados ele começa a ignorar o fato e tomar remédios para dormir.

Mais pra frente, quando sua esposa o acorda em mais um Natal, ele percebe como o tempo passou e quanta coisa ele perdeu. Seus filhos cresceram, as coisas mudaram e ele mudou. Depois de passar tantos anos ignorando e odiando o Natal, ele começa a perceber a importância dele.

O filme retrata a importância da família, mostrando como a vida é um sopro e como nunca sabemos tudo que se passa na vida do outro. Nos fazendo relembrar que a verdadeira magia do Natal está em celebrarmos o amor e viver os pequenos momentos, afinal são as memórias que ficam quando tudo se vai.

”   Jorge: Não vi minha vida inteira passar

Pedro: Eu não passei o que você passou e também sinto a mesma coisa.”