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Saúde

Mulheres e prevenção ao HIV: especialista reforça orientações no período de festas

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Antes da folia, médico ginecologista aponta sinais que passam despercebidos nas mulheres e reforçam acesso gratuito à PEP e testagem rápida na rede municipal

Foto: Freepik

No mês dedicado à conscientização sobre o diagnóstico precoce do HIV, dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou mais de 39 mil novas detecções da infecção em 2024. No Rio Grande do Norte, o cenário segue a tendência preocupante: boletins da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) apontam um aumento de 103% nos casos entre 2013 e 2023. Com a proximidade do Carnatal, um dos maiores eventos festivos do estado, especialistas reforçam o alerta para a prevenção, sobretudo para o público feminino, que costuma chegar mais tardiamente aos serviços de saúde.

Essa demora no diagnóstico ainda é um desafio e está relacionada, em grande parte, à forma como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) se manifestam no corpo das mulheres, aponta Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn).

De acordo com o médico, enquanto homens tendem a apresentar sinais mais evidentes, como secreção uretral e lesões externas, nas mulheres os sintomas são mais discretos e podem ser confundidos com outras condições ginecológicas.

“É muito comum que a evolução seja lenta ou confundida com quadros ginecológicos comuns. Muitas pacientes desconhecem que estão infectadas, o que prolonga a exposição ao vírus e permite a progressão silenciosa da doença”, explica.

Entre os sintomas que mais costumam passar despercebidos, o especialista destaca os corrimentos persistentes ou com odor incomum; dor pélvica leve; coceira ou ardor vaginal; feridas internas de difícil visualização e sangramentos fora do período menstrual.

Avanços na saúde pública

Em caso de relação sexual desprotegida ou situação de risco, como falha no preservativo, a população natalense pode acessar gratuitamente a PEP (profilaxia pós-exposição), em serviços 24 horas como as UPAs dos bairros Cidade da Esperança, Pajuçara, Potengi e Cidade Satélite, e a Unidade Mista Mãe Luiza. Nesses casos, a medida deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição.

“Esses recursos são essenciais em períodos de maior movimentação social, como o Carnatal e as festas de fim de ano. Somados aos testes rápidos, uma das grandes conquistas da saúde pública, garantem diagnóstico ágil e acompanhamento imediato”, finaliza Robinson Dias.

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