Política
Manuela D’Ávila e Natália Bonavides falam sobre os desafios da oposição
Na última quinta-feira, 14, a ex-deputada federal e candidata a vice-presidência da República em 2018, Manuela D’Ávila, esteve em Natal para lançar seu segundo livro, ‘Por que lutamos? Um livro sobre amor e liberdade’. O evento de lançamento aconteceu no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O livro fala das histórias de vida de Manuela, por muitas vezes ligada ao feminismo; das vivências em torno do preconceito e da exclusão, do machismo, das bases conceituais do movimento feminista, do feminicídio e do assédio. Segundo a autora, a obra parte de um esforço para conversar com as pessoas que estão chegando ao movimento e não compreendem os conceitos. “Nós acabamos reproduzindo de forma natural, na nossa linguagem, nas nossas conversas, mas são apenas conceitos que precisam ser explicados. O livro é um esforço para que nós falemos com pessoas que não sabem quem nós somos”, afirma.
Manuela, que é ligada ao partido PCdoB, de oposição ao atual governo, também falou sobre os próximos passos na política nacional. De acordo com ela, é preciso colocar em segundo plano as diferenças e se unir. “Eu espero que nós saibamos nos unir para conseguir entender a real dimensão dos problemas que o governo Jair Bolsonaro representa ao país e, principalmente, ao povo trabalhador”, enfatizou.
Também presente na ocasião, a deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) confessa ser uma tarefa desafiadora fazer uma oposição à altura neste momento. “Temos feito um grande esforço no Congresso Nacional. Todos os partidos que se colocam como oposição ao governo Jair Bolsonaro têm buscado uma atuação conjunta”, declara a deputada.
Sobre o Programa Verde e Amarelo, anunciado pelo Governo Federal e que apresenta a categoria de contratação de jovens com diminuição de custos para o empregador, a parlamentar diz ser mais uma proposta que a área econômica usa para fugir dos verdadeiros desafios, como o desemprego, por exemplo, e aumentar a desigualdade entre os brasileiros. “Esse governo vem para aumentar a desigualdade em nosso país, ele não fala em taxar lucros e dividendos dos banqueiros, mas fala em taxar seguro-desemprego”, finaliza.