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Ciclos e Conquistas

Encerramentos e Começos: um brinde ao que já foi

Publicado

Foto: Pexels

A época natalina tem esse dom curioso de nos emocionar e, ao mesmo tempo, nos escancarar os vazios. É como se o final do ano puxasse pela nossa alma aquele balanço silencioso: o que ficou? O que faltou? Quem foi? Quem ficou?

E, cá entre nós, nem sempre é fácil encerrar um ciclo. A gente romantiza o “deixar ir”, mas às vezes o que precisa partir é exatamente aquilo que lutamos tanto para manter. Um sonho que não vingou, um relacionamento que esfriou, um emprego que já não cabe, ou até uma versão da gente que não faz mais sentido — mas que ainda veste como pijama velho: confortável, porém gasto.

Fim de ano é também fim de desculpas. Aquelas promessas que repetimos como ladainha: “Ano que vem eu mudo”, “Ano que vem eu me priorizo”, “Ano que vem eu me curo”. E Saturno — sim, ele de novo — já está ali, apontando o relógio e dizendo: “A chance é agora.”

Porque veja bem, cíclica… todo encerramento, por mais doloroso que pareça, abre espaço. E espaço é a primeira condição para qualquer renascimento.

Não precisa de fogos de artifício. Às vezes, tudo que você precisa é de um respiro. Uma pausa. Um “obrigada por tudo” sussurrado àquilo que já não te serve, mas te ensinou. A vida não exige rupturas grandiosas — ela pede sinceridade. E coragem para admitir que certos ciclos se fecharam, mesmo sem aplausos.

Então, antes de fazer uma lista de metas para o próximo ano, talvez valha olhar com carinho para o que precisa ser deixado aqui. Nem tudo precisa ir com você para o novo ciclo.

E você, cíclica… já agradeceu — e se despediu — do que não te acompanha mais?

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