#DEScancelados
#DEScancelados: Marcela Mc Gowan, de favorita a cancelada
Qualquer tema que envolva a mulher precisa passar sobre o feminismo, foi o que descobriu há pouco mais de dois anos a médica ginecologista obstetra, Marcela Mc Gowan. Participante da edição 20 do Big Brother Brasil, a paulista do interior começou se destacando com os temas relevantes que trouxe ao reality. A médica nunca se importou muito com política ou militâncias até se descobrir no trabalho de empoderamento sexual de mulheres e no parto humanizado, tema que levou para discussão dentro da casa mais vigiada do Brasil.
No entanto, não foi apenas todo o conhecimento teórico de Marcela que lhe fez favorita do público, a atitude de formar uma aliança com a advogada Gizelly Bicalho para investigar e levar ao conhecimento das demais sisters o plano do teste de fidelidade dos rapazes com quem dividiam a casa, fez a popularidade da sagitariana explodir nas redes sociais, principalmente no Instagram.
A parceria de Marcela e Gizelly ultrapassou os muros da casa. Hoje elas são parceiras em projetos de assistência a mulheres que sofrem violências, principalmente doméstica, e a mulheres presidiárias. Ambas pretendem levar as colegas de confinamento aos presídios para conhecerem a realidade das mulheres que vivem em cárcere.
Marcela tinha planejado investir o prêmio de R$ 1,5 milhão em uma clínica de atendimento à mulher, onde pudesse trabalhar todas as suas especialidades. Desde a sua eliminação, muitas portas se abriram, mas Marcela afirma que pretende continuar trabalhando com o que ama, porque para ela não é só sobre sexo, é sobre corpo. E como podemos observar pelas suas atitudes, é por sororidade e empatia.
Ela nos ensinou um pouco tudo, feminismo, gênero, sexualidade, sororidade, aceitação, mas acima de tudo que podemos aprender e evoluir como humanos a cada dia de nossas vidas. Parafraseando a própria Marcela, “Qual o sentido de militar se não é justamente pras pessoas mudarem de opinião?”
A série de artigos #DEScancelados promove a visibilidade das boas ações e qualidades de personalidades que – com a nova cultura de cancelamento – estão sofrendo linchamentos virtuais sem propósito de crescimento pessoal, reparação e desconstrução dos seus atos, gestos e falas.
O Elo Jornal não compactua com a propagação de ódio gratuito. Perpetuar a ação odiosa através da cultura do linchamento virtual causa apenas danos, fere o psicológico de qualquer pessoa que possa se sentir ofendida e não tem intuito de criticar de maneira construtiva, o que é mais danoso.