Saúde
Campanha Janeiro Branco convida população a discutir importância da manutenção da autoestima
Tema está diretamente relacionado à saúde mental
Janeiro Branco é a campanha que simboliza o início do ano como um momento de reflexão e cuidado com a saúde mental. Um dos aspectos centrais dessa iniciativa é a relação entre saúde mental e autoestima.
De acordo com Herta Maia, coordenadora de Grande Área e professora do curso de Psicologia da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, a autoestima é a forma como nos percebemos e valorizamos, influenciando diretamente a maneira como enfrentamos os desafios do dia a dia, nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor e cuidamos de nossa saúde mental.
“Quando a autoestima está fortalecida, temos mais confiança para lidar com adversidades, estabelecer relações saudáveis e buscar nossos objetivos.” Já quando está fragilizada, pode ser um gatilho para problemas emocionais, como ansiedade e depressão”, afirma.
A baixa autoestima, segundo Herta, pode se manifestar de diversas formas, como críticas excessivas a si mesmo, dificuldade em aceitar elogios, medo constante de falhar ou de não ser suficiente, além de insegurança em interações sociais. Esses sinais frequentemente levam a um impacto negativo na saúde mental, prejudicando o desempenho no trabalho, nos estudos e nas relações interpessoais.
“As pessoas com baixa autoestima tendem a duvidar do próprio valor e se sentem incapazes, o que pode gerar isolamento social e sofrimento emocional intenso”, explica a professora.
Mas a autoestima, mesmo abalada, pode ser fortalecida com ações práticas no dia a dia. De acordo com Herta, o primeiro passo é adotar uma postura de autocompaixão, substituindo pensamentos autocríticos por palavras mais acolhedoras e compreensivas.
Autocuidado
O autocuidado também é essencial e envolve práticas como manter uma boa alimentação, dormir adequadamente e incorporar atividades físicas à rotina. Além disso, reconhecer as próprias conquistas, por menores que sejam, ajuda a valorizar o que se faz bem. Para evitar desgastes, aprender a estabelecer limites e dizer “não” quando necessário é uma atitude que preserva o equilíbrio emocional. Em situações mais desafiadoras, buscar o apoio de amigos, familiares ou mesmo de um profissional de saúde mental pode fazer toda a diferença.
Discutir autoestima no Janeiro Branco é fundamental porque amplia a conscientização sobre a importância do cuidado emocional. Para Herta Maia, “a campanha convida as pessoas a refletirem sobre como se percebem e como isso afeta suas vidas. Reconhecer a importância da autoestima é o primeiro passo para promover mudanças positivas e fortalecer a saúde mental”.
Ao incentivar o autoconhecimento e o diálogo, a campanha contribui para quebrar tabus relacionados à saúde mental e reforça que cuidar de si é um ato essencial para viver de forma mais equilibrada e plena. “Trazer a autoestima para o centro do debate permite às pessoas enxergarem o valor do amor próprio e como isso é crucial para enfrentar os desafios diários”, frisa a docente da UnP.