Saúde
Alerta da OMS: 1 em cada 3 mortes por câncer de pele está relacionado ao trabalho ao ar livre
Entre os meses de dezembro e março é possível sentir o aumento da temperatura causado pelo verão. Especialmente, mas não apenas, durante este período, é necessário intensificar os cuidados com a proteção solar, principalmente em casos de trabalho ao ar livre. Em documento divulgado em novembro, a Organização Mundial da Saúde alerta para o impacto da doença para trabalhadores expostos ao sol: um em cada três óbitos por câncer de pele foi causado pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre.
Biomédico especialista em Estética aponta sinais precoces da doença, destaca cuidados e enfatiza importância do uso do protetor solar
Entre os meses de dezembro e março é possível sentir o aumento da temperatura causado pelo verão. Especialmente, mas não apenas, durante este período, é necessário intensificar os cuidados com a proteção solar, principalmente em casos de trabalho ao ar livre. Em documento divulgado em novembro, a Organização Mundial da Saúde alerta para o impacto da doença para trabalhadores expostos ao sol: um em cada três óbitos por câncer de pele foi causado pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre.
Segundo o biomédico Fredson Serejo, a exposição ao sol por tempo prolongado e sem proteção representa um alto risco. “Os raios ultravioletas (UV) podem estragar a pele de um jeito que não dá para regenerar, causando envelhecimento rápido, queimaduras e até câncer de pele. Se a exposição for longa e sem proteção, pode danificar as células e fazer os tumores aparecerem”, adverte o profissional que também é mestre e doutor em Biofísica.
Professor de Biomedicina da Estácio, Fredson aponta os tipos principais de câncer de pele no Brasil ligados ao sol: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.
“O carcinoma basocelular é o mais comum e se parece com uma ferida pequena na pele ou uma pinta perolada. O carcinoma espinocelular é parecido com uma ferida que não sara e pode ter casquinhas ou escamas. O melanoma é o mais perigoso e pode surgir de uma pinta já existente ou como uma nova lesão, com cores diferentes, bordas irregulares e tamanho maior”, explica o biomédico, que também é especialista em Estética.
O profissional alerta para sintomas como mudanças na cor da pele e nas pintas do corpo (tamanho, cor, bordas ou evolução). “Este tipo de atenção é importante para notar os primeiros sinais de câncer de pele. Além disso, ir ao dermatologista regularmente é fundamental para verificar qualquer alteração na pele. Descobrir cedo aumenta muito as chances de tratar e curar”, observa.
O profissional destaca como crucial o uso de proteção solar, mesmo em momentos em que não há a exposição direta ao sol e até em dias nublados, e oferece dicas para prevenção diária: “Use chapéus ou bonés com abas largas para proteger o rosto, orelhas e couro cabeludo. Roupas leves e de tecidos fechados, como algodão, também ajudam a se defender dos raios UV, além de óculos com proteção UV, que protegem os olhos e a pele ao redor. Tente ficar na sombra, especialmente das 10h às 16h, quando o sol é mais forte e evite as câmaras de bronzeamento, pois elas podem ser tão ruins quanto o sol de verdade. Se manter hidratado, bebendo água regularmente, também é importante”, enumera.
Como escolher o protetor solar
Com tantas opções nas lojas, muitas pessoas se sentem confusas na hora de escolher o protetor solar para o rosto ou para o corpo. Fredson explica que os produtos tem distinções, mas ambos precisam proteger contra os raios UVA e UVB.
“A pele do rosto é mais sensível e pode ter acne, então pode precisar de um tipo diferente do produto para o corpo. Os protetores solares para o rosto costumam ter texturas mais leves e menos propensas a entupir os poros. Às vezes, têm ingredientes bons para a pele do rosto, como antioxidantes e hidratantes. Isso ajuda a evitar problemas na região. Os que dizem ‘oil-free’ ou feitos especialmente para o rosto são ótimas opções”, orienta.
Para o corpo, o biomédico diz que um protetor solar comum fará sua função, sendo mais importante o seu uso de forma correta. “Isso significa passar o protetor e reaplicar a cada duas horas, especialmente depois de nadar, suar ou se secar com toalha. E sobre o FPS, descrito nas embalagens, ele mostra o quanto o protetor solar bloqueia os raios UVB: o FPS 30 bloqueia 97%, o FPS 50 bloqueia 98%, o FPS 70 bloqueia de 98,5% a 99%, e o FPS 100 bloqueia quase 99,9%. A diferença entre FPS 50 e 100 é bem pouca na prática. O mais importante é usar do jeito certo, não importa o número que você escolher”, diz.
Sobre a quantidade certa de protetor, o profissional explica que o recomendado para o rosto é a medida de uma colher de chá, suficiente para cobrir o rosto, pescoço e orelhas. Já para o corpo a medida é de uma colher de sopa para cada braço, perna, tronco e costas. “A proteção solar é importante para todo tipo de pele e um cuidado diário com a saúde da pele de qualquer cor, importante em qualquer estação do ano”, finaliza o biomédico.