A pressa rouba a poesia do processo

“Nem toda demora é atraso. Às vezes, é preparo.”

Depois da decisão de mudar, vem a parte mais difícil: esperar que a mudança aconteça.
A gente dá o primeiro passo e já quer atravessar o caminho inteiro em três saltos e um tutorial do YouTube. Mas a vida… ah, a vida não funciona em 2x de velocidade.

E isso incomoda. Porque fomos treinados para o imediatismo. Para recompensa rápida. Pro “você pode tudo, agora!”. Só que crescer de verdade é artesanal. É feito de repetições, silêncios e descobertas lentas. Tem cheiro de tempo passando, de tentativa e erro, de paciência com a própria semente.

Saturno — o grande mestre do tempo na astrologia — não tem pressa. Ele ensina com testes, com lições cíclicas, com estruturas sólidas que só surgem quando o terreno foi bem cuidado. E o que é bem cuidado… leva tempo.

O problema da pressa não é só que ela cansa. É que ela nos rouba a chance de saborear a beleza do que estamos construindo. Porque quando tudo vira urgência, a gente deixa de ver o que está florescendo — e passa a correr feito louco atrás de frutos que ainda não nasceram.

Talvez você esteja, sim, no caminho certo. Só esteja andando rápido demais para perceber.

Tem coisas que não se manifestam porque ainda estão te moldando por dentro. Não adianta tentar apressar o broto: ele vai florescer quando a raiz estiver forte. A transformação não é só o resultado. É o que está acontecendo enquanto você insiste, aprende, sente, erra e escolhe continuar.

E sim, tem dias em que tudo parece lento. Mas são nesses dias que a gente aprende a respirar com mais profundidade e olhar com mais clareza.

Então, me diz baixinho: o que em você está pronto para florescer — mas ainda precisa ser respeitado no tempo certo?
Porque o milagre até vem. Mas ele gosta de chegar devagarinho, entende?