A multifuncionalidade com estética minimalista

Chegamos ao último tema, que combinamos de conversar ao longo das últimas semanas. No meu dia-a-dia como profissional, vejo que cada vez mais as pessoas estão buscando soluções que unam beleza e funcionalidade – é justamente a busca por esses dois conceitos que aplico nos meus projetos.

Você já reparou como nossos lares precisam acompanhar o ritmo das nossas vidas? Um mesmo ambiente pode ser sala de estar durante o dia, espaço de trabalho à tarde e um cantinho de descanso à noite. Por isso, pensar em móveis e espaços que se adaptam a diferentes usos é essencial — e aí entra a multifuncionalidade. Um banco que vira mesa lateral, uma cama com gavetas embutidas, uma bancada que pode ser usada tanto para cozinhar quanto para estudar. Tudo pensado para aproveitar ao máximo cada metro quadrado.

Agora, imagine tudo isso com um visual leve, limpo e agradável aos olhos. É aí que o minimalismo entra em cena. Com linhas simples, poucos elementos e uma paleta de cores suaves, o estilo minimalista ajuda a criar ambientes mais organizados, tranquilos e atemporais — sem deixar de lado a personalidade.

Um exemplo prático? Uma cozinha com armários sem puxadores aparentes, bancada estendida que serve como mesa de refeições rápidas, e iluminação embutida que valoriza a arquitetura sem sobrecarregar o espaço. Tudo com tons neutros e materiais naturais, como madeira clara ou pedra.

No home office, esse conceito se destaca ainda mais. Um móvel planejado pode reunir bancada de trabalho, prateleiras para livros e até um espaço embutido para guardar impressora ou materiais de papelaria, mantendo tudo fora de vista. Cores claras, iluminação natural e poucos objetos sobre a mesa ajudam a manter o foco e a sensação de ordem, elementos fundamentais do estilo minimalista.

A união entre funcionalidade e estética tem sido o caminho para criar ambientes que realmente fazem sentido na vida real. Menos excessos, mais propósito — tanto no uso quanto na beleza.

Na próxima semana, vamos falar sobre como usar iluminação para valorizar ambientes pequenos. Até lá!

Eliza Melo
Arquiteta e Urbanista