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Ciência & Tecnologia

Capacidade brasileira de produção de energia limpa é ressaltada na abertura da Assembleia Geral da ONU

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Em 2022, 84% da matriz elétrica do País terá origem em fontes renováveis. Potencial estimado de capacidade instalada de eólica offshore, do vento que sopra em alto mar, equivale a quase 50 Itaipus

Brasília – Ministério de Minas e Energia (MME) inaugura a primeira usina solar instalada na cobertura de um prédio (sede do MME) do governo federal (José Cruz/Agência Brasil)

O Brasil é um dos países com o maior uso de fontes renováveis do mundo. Enquanto no resto do planeta, a média de uso destas fontes – solar, eólica, hidrelétrica, geotérmica, biomassa, entre outras – é de 15% da matriz energética, no Brasil ela deverá alcançar 46% em 2022.

Essa posição de destaque do país no cenário internacional referente à produção de energia limpa foi um dos pontos ressaltados nesta terça-feira (20.09) pelo presidente Jair Bolsonaro na abertura da 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), realizada na sede da organização, em Nova Iorque.

“Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050. Temos capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo”, ressaltou o presidente.

Por tradição, desde 1955 o chefe da delegação brasileira é o primeiro a discursar na Assembleia Geral da ONU, que, neste encontro, teve como tema “Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados”.

No discurso, o presidente falou também sobre o processo de evolução da matriz energética nacional. “O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20”, afirmou o presidente aos representantes de mais de 190 países presentes ao encontro da ONU.

Maior do mundo

O Brasil detém uma matriz elétrica limpa. A fonte hidráulica deve representar 59,5% da produção em 2022. Outros 24,4% devem ser provenientes de energia solar, eólica e biomassa. Em 2022, 84% de nossa matriz elétrica deverá ter origem em fontes renováveis. Vale lembrar que, em 2021, o país registrou recorde de capacidade instalada de energia eólica e solar: 20,8 GW de energia eólica e 13,4 GW de energia solar.

O Governo Federal trabalha na elaboração de um Programa Nacional do Hidrogênio, considerando o grande potencial do país para a produção de hidrogênio de baixo carbono, com base em energia produzida a partir de fontes limpas, tais como bioenergia e eólicas offshore, entre outras. O país tem potencial estimado de capacidade a ser instalada dessas eólicas, a partir do vento que sopra em alto mar, equivalente a quase 50 Itaipus, resultando em 700 GW de potência.

O Governo também lançou o Programa Nacional de Crescimento Verde que oferece financiamentos e subsídios para incentivar projetos e atividades econômicas sustentáveis, além de priorizar a concessão de licenças ambientais e gerar os chamados “empregos verdes”. Com esse pacote de incentivos, o objetivo é neutralizar a emissão de carbono pelo país até 2050.

Outra ação importante foi o Programa Metano Zero, que fez do Brasil o primeiro país a implementar compromissos assumidos durante a COP-26, com financiamento específico para estruturar projetos de tratamento de resíduos orgânicos de aves, suínos, laticínios, cana-de-açúcar e de aterros sanitários, a fim de reduzir 30% das emissões totais de metano em território nacional.

Na área de reciclagem, o país deu um salto significativo com o lançamento do Certificado de Crédito de Reciclagem – Recicla+ para estimular a aplicação de recursos privados na reciclagem.

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