Sociedade
Pesquisa tem como objetivo amenizar dores crônicas causadas pela Chikungunya
Dados apontam melhoras com tratamento realizado por eletroestimulação
A pesquisa realizada pelo Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), contou com a participação de 63 pessoas que sofrem com dores crônicas causadas pela arbovirose Chikungunya, com idade entre 18 e 65 anos. A duração da pesquisa foi de seis meses, desde o cadastro de voluntários até o tratamento dos pacientes.
De acordo com o mestrando, Antônio Felipe, a pesquisa surgiu devido a curiosidade do seu orientador acadêmico, assustado com a quantidade alarmante de pessoas, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), que são afetados pelas dores crônicas da Chikungunya. O estudo teve como objetivo traçar um perfil destes pacientes para analisar se a técnica de estimulação transcraniana de corrente continua (ETCC) é eficaz na redução das dores.
“Dentro do manejo clínico da dor recomendado pelo SUS é orientado que o paciente tome antinflamatórios numa fase mais aguda e subaguda, além de esteroides e muitos supressores numa fase mais crônica da doença. Além disso, também é indicado o tratamento com gelo e realização de atividades físicas, porém de acordo com os estudos não é o suficiente diante da magnitude das dores”, explica Antônio Felipe – Mestrando em reabilitação, que esteve a frente da pesquisa.
Segundo Felipe, o objetivo é pesquisar um método mais rápido, de fácil aplicação e barato. Para ele, a ETCC surge talvez, como um marco para a pessoa que tem Chikungunya. “ Ela vai conseguir ter uma melhor qualidade de vida e seguir suas atividades normais. Não podemos afirmar que o método é eficaz estamos analisando os dados, o que nós percebemos é que a grande maioria das dores são em membros inferiores e punhos, gerando uma sobrecarga”, relata o pesquisador.
A dor é considera crônica quando o indivíduo sente dor durante semanas e outros casos que ultrapassam até três meses. Ainda há situações, de acordo com a pesquisa, que dependendo da quantidade de articulações, do período agudo da doença ou se outras afecções como doenças reumáticas de cada paciente, as dores permanecem elas por até 6 anos. De acordo com especialistas este período é longo e deve ser tratado de maneira multidisciplinar, com fisioterapeuta, profissional de educação física, terapia ocupacional, nutrição, etc.
Paciente com chikungunya, principalmente a partir dos três meses, ele pode ser diagnosticado com artrite reumatóide pós chikungunya. O profissional mais indicado, a nível de tratamento medicamentoso, seria o médico remautologista, no entanto existem programas, inclusive pelo Sistema Único de Saúde – SUS, que geram atendimento a população como por exemplo, a fisioterapia. Outra dica é realizar o mínimo de atividade física possível, respeitando o limite diante das dores.