Economia
Black Friday: especialistas alertam para cuidados com orçamento e segurança digital nas compras online
Pesquisa e planejamento para comprar sem impulso é a melhor estratégia para aproveitar a promoção sem entrar em dívidas
A Black Friday já se tornou uma das datas comerciais mais esperadas pelos brasileiros. Neste ano, o evento acontece no dia 26 e muitos consumidores aguardam esse momento para adiantar suas compras de Natal, ou adquirir um produto mais caro de modo mais estratégico.
Para a economista Sarlyane Braga, professora da Estácio, “se organizar para comprar o que realmente precisa e não estourar o orçamento” é a melhor forma de aproveitar a promoção. Neste momento, um bom planejamento é a estratégia que deve ser adotada pelas famílias para o uso consciente do dinheiro, com exercício do autocontrole para não gastar com produtos supérfluos.
“É essencial ter consciência dos gastos com cartão de crédito, por exemplo, que acaba sendo um vilão se não houver controle das finanças pessoais. Muitos acabam comprando o que não precisam por ter limite disponível no crédito e quando a fatura chega, não há como quitar”, aponta a especialista.
A docente também alerta para que o consumidor pesquise antes de efetuar uma compra na Black Friday para não cair nas famosas armadilhas de mercado, falsas promoções onde o cliente acredita estar pagando barato e, no fim das contas, paga o mesmo preço de antes ou até mais pelo produto ou serviço em questão.
A antecipação das compras também pode ser uma boa solução para aqueles que preferem comprar com um pouco mais de autocontrole financeiro os presentes no final de ano. “Neste caso, quanto mais próxima a data das festas, mais demanda terá, impulsionando as empresas a aumentarem os seus preços”, explica a economista.
Sarlyane oferece ainda outra dica: antes de efetuar as compras, o consumidor deve ver quanto ficou o valor total dos produtos, considerando o frete em caso de compras online, e verificar se aquele valor cabe no orçamento familiar, para não haver prejuízos para o bolso depois.
Segurança nas compras online
Em 2020, os dois dias mais intensos de Black Friday (26 e 27) somaram R$4,02 bilhões em vendas totais apenas no e-commerce, de acordo com a consultoria Ebit|Nielsen, especializada em análises do mercado varejista. E apesar do retorno das atividades presenciais em shoppings e centros comerciais, muitos consumidores devem continuar com as compras no modo virtual.
Para comprar online de forma segura, Emmanoel Monteiro, coordenador dos cursos de Redes de Computadores e Análise de Desenvolvimento de Sistemas da Estácio, oferece algumas dicas de boas práticas que devem ser rotina para qualquer época do ano.
O docente indica escolher uma loja virtual conhecida, ou indicada por alguém que já realizou alguma compra nela. As marcas que possuem um ambiente físico também garantem mais confiança. “Caso veja uma oferta com um grande desconto em um site não conhecido, já desconfie”, orienta Emmanoel.
Também é recomendada a busca de ofertas em sites de marcas que possuam clareza nas informações dos produtos e/ou serviços, e formas de pagamento disponíveis. É importante também observar se no site de compra constam todos os dados necessários para a localização do fornecedor, como o nome empresarial, CNPJ e o endereço.
O consumidor também pode identificar se a conexão é segura através do protocolo HTTPS. A informação aparece com um ícone de um cadeado na barra de navegação ao lado do endereço eletrônico. E na hora de efetivar a compra, são recomendados os sites que possuem serviços de pagamento como o PayPal, PagSeguro, Mercado Pago, que apresentam maior segurança aos consumidores, à medida que dão garantias de cancelamento da transação, ou estorno do valor pago.
O cliente também pode consultar o site do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon, ou outros endereços eletrônicos que possuam registros de reclamações de clientes, como o Reclame Aqui, para se ter um parâmetro da reputação da empresa. “Quando vamos a algum centro comercial, sempre comparamos os produtos e as lojas. Nas compras on-line é da mesma forma, mas o consumidor deve avaliar, principalmente, a credibilidade da empresa”, frisa Emmanoel.