Ciclos e Conquistas
“Eu nasci assim”? — A síndrome de Gabriela e o medo de evoluir

Tem gente que repete com orgulho:
“Nasci assim, cresci assim e vou morrer assim!”
Como se nunca mudar fosse virtude,
quando, na verdade, pode ser só medo disfarçado de firmeza.
E o tempo vai passando… e a pessoa, parada.
A vida é movimento.
A alma quer subir de nível,
mas tem gente se apegando ao personagem antigo
como se fosse pecado evoluir.
Não é. É só o ciclo pedindo passagem.
Até Saturno, planeta das estruturas,
tem seus dias de “vamos rever isso aí”.
E se até o céu muda de ideia,
por que você não pode mudar também?
Teimosia não é identidade.
A Gabriela virou música.
Mas você não precisa virar bordão.
Podemos mudar de opinião, de rotina, de sonhos meus amores.
Podemos recomeçar mesmo depois de tanto tempo.
Ser coerente é saber quando a gente já não é mais a mesma pessoa.
No fim, mudar não é perder quem você é.
É finalmente se permitir ser quem estava escondida aí dentro.
E se te perguntarem: “Ué, você mudou?”
Você responde com leveza:
“Graças a Deus.”
