Esporte
Reis da Premier League: Quem são os proprietários do “Big Six”
O Campeonato Inglês está previsto para voltar dia 17 de junho, o Liverpool está na ponta da tabela com praticamente as duas mãos na taça. A campanha espetacular pode coroar os Reds com seu primeiro título de PL. Você leitor, provavelmente conhece os grandes clubes ingleses e seus jogadores estrelados, mas te pergunto: você conhece quem são os homens que comandam esses times poderosos ? Desce aí que vou te apresentar quem são os “patrões”, homens do dinheiro de cada um do famoso “Big Six” inglês.
Chelsea: Roman Abramovich, o russo
Os Blues, antes da chegada do magnata, tinham umas das tradicionais torcidas da Inglaterra, e, principalmente, de Londres, mas nada que o fizesse estar entre os principais times do país.
Isso mudou depois que Roman Abramovich, em 2003, comprou o clube por cerca de 140 milhões de libras esterlinas e, de modesto time da zona oeste da capital inglesa, transformou-o numa potência mundial, com fãs e admiradores espalhados por todo o planeta atualmente.
Com investimentos que superam 1 bilhão de libras ao longo de todos esses anos, títulos foram alcançados, marcas foram batidas, o bilionário russo colocou o Chelsea no patamar dos maiores do mundo.
Para se ter uma ideia do poder aquisitivo do russo, em 2006, ele foi eleito pela revista Forbes como o 11º homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em 18 bilhões de dólares.
Abramovich começou seus negócios com o fim da União Soviética, na privatização de empresas estatais, é um investidor no ramo de petróleo e gás, e também ligado a outros setores e a política. O empresário se tornou até governador na Rússia durante um período. O russo já chegou a ser preso por uma noite acusado de roubo em propriedade do governo e já teve o nome ligado algumas vezes à máfia russa.
Mas longe de todas essa polêmicas, o russo é amado pelos azuis de Londres. Outro fato sobre ele é o gosto por iates, é proprietário de um chamado Eclipse, avaliado em 700 milhões de dólares, onde gosta de receber celebridades dos mais variados tipos.
Manchester City: Mansour bin Zayed Al Nahyan, o Sheik
Logo depois do Chelsea, a sorte grande bateu na porta de outro clube tradicional, e bateu com uma maleta cheia de dinheiro e metas para transformar o primo pobre do M. United, em um rival à altura.
Vindo diretamente dos Emirados árabes, o sheik Mansour botou um sorriso no rosto de cada torcedor Citizen. Dono majoritário do grupo Abu Dhabi United Group, viu no City uma oportunidade de diversificar seus investimentos, além de elevar sua marca para um status mundialmente conhecido.
E ele não é um milionário qualquer, o sheik é da família real dos Emirados Árabes Unidos, meio irmão do presidente do país. Pois é, dinheiro não é problema para ele, que comprou o clube por 240 milhões de libras em 2008. Uma curiosidade é que desde que fechou a compra do City, só assistiu um jogo no estádio durante uma década, o que não é problema para o torcedor citizen, enquanto ele continuar investindo no time é o que importa.
O dinheiro do poderoso sheik vêm diretamente da exploração do petróleo e gás, ele é disparado o mais rico dono de um clube na Inglaterra, sua fortuna está avaliada no em torno de 30 bilhões de dólares pela Forbes.
Mansour não parou no Manchester City, o sheik criou um grupo chamado City Football Group, para investir e administrar outros clubes ao redor do mundo que conta com times nos Estados Unidos, Espanha, China e até no Uruguai.
Arsenal: Stanley Kroenke, o americano
Em comparação ao dono do City, Kroenke parece só um cara normal com uma fortuna avaliada pela Forbes em 8 bilhões de dólares.
O dono do Arsenal é um empresário da área de imóveis e também do esporte, possuindo também ações de um time de futebol americano, e até se aventurando no ramo de jogos eletrônicos, criando o time Los Angeles Gladiators, equipe profissional do jogo “Overwatch”.
Sua trajetória nos Gunners começou em 2007 comprando ações do clube, mas nada que o fizesse ser o “chefão”. Foi só a partir de 2011 que ele virou dono majoritário do clube com mais de 60%. Só em 2018 o magnata conseguiu o que tanto queria: 100% de controle do clube de Londres pagando cerca de 550 milhões de libras.
Stanley já está na casa dos 80 anos, o velho bilionário é do estado do Missiouri, criou o Grupo Kroenke, empresa que visa o desenvolvimento imobiliário, construção de prédios residenciais e comerciais. Além dessa, ele também possui outra empresa que é THF Realty, especializada em desenvolvimento imobiliário suburbano.
Diferente dos dois primeiros bilionários do texto, Stanley não mudou a realidade do clube inglês, sofre ferrenhas críticas da torcida do Arsenal pela falta de investimento pesado no time, que com o passar dos anos, ficou para trás na tabela e viu a consagração dos clubes rivais nas competições nacionais e internacionais.
Tottenham: Joe Lewis, o inglês
O nome menos conhecido desta seleta lista, provavelmente, você leitor não conhecesse o dono do Spurs, mas não é culpa sua, nem mesmo Lewis é fã do esporte.
O bilionário tem uma fortuna de 5 bilhões de dólares segundo a Forbes, herdou um negócio de família e expandiu. Mas sua conta bancária pulou para outro patamar quando ele apostou contra a libra esterlina, e depois, contra o peso mexicano.
Lewis é um cara discreto, não gosta de estar por perto dos holofotes, mas suas polêmicas não o deixam se afastar dos tabloides ingleses, como viver longe de seu país unicamente para não pagar impostos, e montar um esquema para lucrar em cima de vendas de obra de artes, entre outras polêmicas da misteriosa figura.
É o proprietário do Grupo Elic, grupo este que detém 85% das ações do Tottenham, que é voltado justamente a investimentos no esporte e na mídia. Além deste grupo, também possui Tavistock Group, organização de investimento privado que têm um portfólio de negócios em companhias de petróleo, resorts, restaurantes e outros.
O inglês gosta de passar o tempo curtindo sua vida nas Bahamas praticando outros esportes como golfe, natação, e nada de futebol.
Manchester United: Os Irmãos Glazer
Os norte-americanos Joel e Avram Glazer são os proprietários dos Red Devils, segundo a Forbes, os irmãos possuem uma fortuna de 4,7 bilhões de dólares.
Como compraram o clube? Bem, eles herdaram de seu pai, Malcom Glazer que entre 2003 e 2005, comprou as ações do clube por 790 milhões de libras. São donos também do Tampa Bay Buccaneers, franquia da NFL, de futebol americano.
Além do investimento no esporte, os irmãos são do ramo imobiliário, saúde, alimentação e outros vários. A fortuna que possuem foi formada pelo pai no século passado, que após ter sucesso na venda de relógios de luxo, investiu seu dinheiro na área imobiliária e viu explodir os números na sua poupança.
Os torcedores do United vivem uma relação de ódio com os irmãos atualmente. Colocam culpa na queda de rendimento e nível internacional do clube nos dois chefões. Hashtags na internet, faixas no estádio pedindo que os irmãos saiam do clube são comuns.
Desde a saída de Alex Fergunson, em 2013, o time não consegue ser campeão inglês e sofre para ir ano sim, ano não para a Champions League.
O United continua sendo um dos times mais ricos e que mais faturam no futebol, mas para o torcedor dos diabos vermelhos, os números pouco importam, e sim que o clube volte a ser o bicho-papão na Europa.
Liverpool : John W. Henry
Os Reds estavam à beira do colapso quando a empresa, New England Sports Ventures, do americano John Henry comprou o clube em 2010 por 300 milhões de libras.
John é um investidor em esportes, possui ações em times de basquete como o Miami Heat e Orlando Magic. Também possui ações de times de beisebol, o tradicional New York Yaankes e é o principal proprietário do Boston Red Sox. É um apaixonado pela competitividade.
Sua fortuna está avaliada em 2,7 bilhões de dólares pela Forbes. O americano com um toque empresarial, mas sem tirar qualquer essência da alma do Liverpool, ajeitou as finanças do clube da cidade dos Beatles e o colocou no topo do mundo novamente em 2019.
O clube que estava afundado em dívidas na década passada, hoje possui o valor de 2,2 bilhões de dólares. A crítica que davam a administração do americano era que ele podia ser bom em finanças, mas não de títulos.
Agora a Premier League está para voltar e os Reds poderão finalmente comemorar e gritar campeão, encerrando o maldito jejum que os atormentava.