Educação
Enem 2022: como controlar a ansiedade que aumenta com a aproximação das provas
O mês de novembro será decisivo para o futuro de mais de três milhões de brasileiros que almejam ingressar em uma universidade pública. O Enem 2022, exame responsável por possibilitar esse ingresso, está marcado para os dias 13 e 20 de novembro. A poucos meses para a realização das provas, a ansiedade começa a bater na porta dos estudantes e controla-la é fundamental para garantir uma boa performance.
A psicóloga Juliana Alves, do Complexo Educacional Contemporâneo, conta que, com a aproximação das provas, as preocupações mais comuns entre os estudantes que vão submeter-se ao Enem estão relacionadas ao tema da redação, o volume de conteúdo que ainda está pendente e a quantidade de questões versus o tempo de prova.
Segundo ela, essas preocupações precisam ser trabalhadas para que não comprometam a preparação pela qual o estudante está passando. “A depender da intensidade e da frequência com a qual a ansiedade se manifesta, ele ou ela pode ter dificuldade de concentração, insônia e até mudanças no comportamento, afetando a consolidação do aprendizado e a disposição para a rotina de aulas no dia seguinte”, explica Juliana.
O transtorno de ansiedade é caracterizado por preocupações excessivas e constantes de que algo ruim pode acontecer. Apesar de ser uma reação natural do corpo, esse transtorno pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar o desempenho escolar. A psicóloga conta que a observação e o acolhimento dos pais são fundamentais nesse processo.
“O apoio dos pais e da família ajuda muito no entendimento de que o sucesso ou o fracasso dos estudantes não depende exclusivamente do Enem. Além disso, o estabelecimento de uma rotina de estudos que não sacrifique momentos de lazer e a prática de exercícios físicos também ajudam os alunos a se manterem emocionalmente equilibrados”, conta a psicóloga do Contemporâneo.
Para amenizar a ansiedade, Juliana também recomenda que pais e estudantes desliguem o botão da comparação. Como explica ela, cada um tem um ritmo de estudos e de assimilação do conteúdo e “estabelecer uma rotina com base na experiência de um colega, amigo ou irmão, não é uma boa prática para conseguir tranquilidade na véspera das provas”.