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Economia

Abertura de empresas cai 25% no RN, aponta relatório

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Queda se acentuou a partir de abril; número de baixas se manteve praticamente inalterado

Para advogada que atua na área, dados podem ser ainda maiores. (Foto: Assecom Jucern)

O Rio Grande do Norte registrou, no primeiro semestre de 2020, uma queda de 25% nos pedidos de aberturas de empresas em relação ao mesmo período de 2019. O período de queda mais brusca foi em abril, quando a abertura despencou mais da metade em relação ao mesmo mês do ano passado: foram 54,7% de pedidos de abertura de empresas a menos. Os dados são do relatório produzido pela Junta Comercial do Estado.

Em comparação aos meses de 2020, abril também foi o mês mais crítico. Enquanto em março houve 529 solicitações, abril teve apenas 291. Uma diferença de 55%. Já nas requisições de baixas de empresa, o panorama permaneceu praticamente o mesmo. Passou de 2334 pedidos em 2019 para 2345 em 2020. Um aumento de 0,5%.

De acordo com o levantamento do serviço de informações de crédito Boa Vista, os pedidos de falência no Brasil, em maio, cresceram 30% em comparação à abril. Para a advogada Monick Chaves, que atua na área do Direito Empresarial em Natal-RN, a crise econômica decorrente da pandemia da covid-19 atingiu de forma severa as empresas. Ela afirma que os números podem ser ainda maiores, devido “às empresas que não eram formalizadas e sucumbiram. E as empresas que, mesmo formalizadas, ainda não informaram a falência aos órgãos necessários”, destaca Monick.

Monick destaca que houve uma expectativa entre o empresariado com o retorno dos consumidores às lojas logo após encerradas as medidas restritivas de circulação. “A gente vê que isso não é o que está acontecendo em outros países que já retomaram suas economias. O povo continua receoso e ainda existem algumas restrições”, afirma a advogada.

Além disso, a Monick Chaves ressalta que a crise pesou na renda das famílias, prejudicando o consumo. “Muitas pessoas tiveram redução salarial, outras tiveram seus contratos suspensos. Outras milhões de pessoas perderam seus empregos. Então, isso tem um impacto direto no consumo e na atividade econômica dessas empresas”, destaca.

Para ela, “o empresário hoje está muito mais pensando se vale a pena continuar ou se é melhor encerrar sua empresa, resolver seus problemas hoje para não criar uma bola de neve amanhã”, conclui Monick

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